Introdução: Apesar dos avanços nas terapêuticas de suporte em pacientes com COVID-19, pouco se sabe sobre a recuperação do paciente internado após alta hospitalar. Objetivo: Investigar o perfil dos pacientes internados e observar o processo de recuperação após 1 mês da alta hospitalar. Métodos: Estudo clínico prospectivo observacional e longitudinal com 43 pacientes com 57 anos +/-18 anos internados por COVID-19, sendo pacientes graves (N=20, 46%), criterizados por necessidade de internação na UTI, dos quais 10 (50%) necessitaram de intubação orotraqueal. Pesquisa conduzida no Hospital Universitário Federal de São Carlos com pacientes acompanhados da internação à 1 mês da alta. Todos os pacientes foram submetidos a avaliação clínica e laboratorial na alta e após um mês de alta, sendo observadas variações estatísticas nos parâmetros eco e eletrocardiográficos, espirométricos e no teste de caminhada em 6 minutos (TC6). Resultados: Todos os pacientes foram submetidos, após um mês de alta hospitalar, a avaliação eletrocardiográfica com valor do intervalo QT corrigido Hodges na internação, com média de 541.147 e no primeiro mês, com média 375.304 (p<0,001); ecocardiográfica com fração de ejeção (Teicholz) média de 67,667 (DP 8,307); espirométrica com VEF1(L) com média de 3,219 (DP 0,718), VEF porcentagem do predito média 2,259 (DP 13,355) e avaliação pelo TC6, com distância total percorrida com média de 425,971 (DP 137,234) para avaliação da função cardiovascular e pulmonar. Conclusão: Dentre todos os parâmetros cardiovasculares e pulmonares analisados não foram observado critérios de anormalidade nos exames, com normalização dos parâmetros do eletrocardiograma e ecocardiograma, além de espirometria e teste de caminhada de 6 minutos com boa tolerância e capacidade funcional, observando que todos pacientes, incluindo os mais graves, apresentaram recuperação das funcionalidades cardiovasculares e pulmonares.