As doenças cardiovasculares são as principais causa de morte no mundoe um dos principais agentes etiológicos é a hipertensão arterial. O envelhecimento é acompanhado de aumentos pressóricos, causados especialmente pelo endurecimento do leito arterial. Contudo, ao tratar-se a hipertensão com exercício físico há um grande impacto na redução de mortalidade por doenças cardiovasculares. Porém, carece de mais estudos, sobre a eficácia do exercício físico na atenuação da disfunção vascular. A fim de avaliar estes desfechos do exercício físico, este estudo teve como objetivo verificar o efeito de uma sessão aguda de exercício aeróbio sobre a pressão arterial e função vascular de indivíduos hipertensos. Recrutou-se, de ambos sexos, 11 indivíduos hipertensos com idade entre 40 e 55 (47,55±5,92 GJ) e 11 entre 60 e 80 anos (67,18±5,64 GI). O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CEP/UNIFESP: 1395/2016). Avaliou-se a pressão arterial pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) após cada sessão experimental e a reatividade vascular carotídea pelo cold pressor test antes e após protocolo experimental. Todos indivíduos foram submetidos a avaliação cardiorrespiratória a fim de estabelecer a velocidade referente ao primeiro limiar ventilatório, e de forma aleatória aos dois protocolos experimentais: um de 55 minutos de exercício aeróbio em esteira rolante na velocidade atingida no limiar ventilatório e outro controle. Em cada sessão os voluntários foram submetidos ao cold pressor test seguido do protocolo experimental e novamente cold pressor test e instalação da MAPA. Observou-se que a intima média carotídea do GJ era menor (0,52±0,12vs0,62±0,09 GJvsGI respectivamente) e após análise de variância e post-hoc de bonferroni, observou-se melhora da função vascular em ambos grupos após sessão aguda de exercício aeróbio [(GJ= 1,41±1,78vs3,04±1,20, pré vs pós respectivamente) e (GI= 0,31±1,92vs2,27±1,43 pré vs pós respectivamente)F(1,20)=21,632;p<0,001]. Observou-se também, aumento no descenso noturno da pressão sistólica (7,02±6,58vs10,50±7,17[F(1,20)=25,257;p<0,001]) e redução da variabilidade da pressão arterial (14,69±3,83vs12,86±3,02[F(1,20)=264,542;p<0,01]) apenas no GJ. Concluímos que o exercício aeróbio agudo é uma importante ferramenta na redução do risco de morbi-mortalidade cardiovascular por produzir melhora na função vascular de indivíduos hipertensos independente da idade, além de produzir efeitos positivos na variabilidade e melhora no padrão dipper da pressão arterial sistólica de indivíduos hipertensos jovens.