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REPARO VALVAR MITRAL PERCUTÂNEIO EM PACIENTE DE ALTO RISCO CIRÚRGICO

BEATRIZ DE PAIVA ABRAHAO DOS SANTOS, LUISA CARVALHO LOVISI, JULIO CESAR MORAES LOVISI, Maximiliano Otero Lacoste, Gustavo Lycurgo Leite, Leônidas Alvarenga Henriques, LUCAS NICOLATO ALMADA, Thales Siqueira alves
HOSPITAL UNIMED DR. HUGO BORGES - JUIZ DE FORA - MG - BRASIL

INTRODUÇÃO: A ruptura de cordoalha tendídea é causa mais prevalente de insuficiência mitral (IM) aguda. Sabe-se que a cirurgia confere melhor prognóstico a curto e a longo prazo. Frequentemente nos deparamos com pacientes com alto risco cirúrgico. O reparo valvar mitral percutâneo é uma opção viável, eficaz e segura no contexto de IM importante em pacientes de alto risco cirúrgico quando comparado ao reparo cirúrgico. Este dispositivo reproduz a técnica cirúrgica de Alfieri, aproximando as bordas dos folhetos valvares.

RELATO: Mulher, branca, 87 anos, admitida em unidade de terapia intensiva com insuficiência cardíaca, NYHA IV. Previamente hipertensa, portadora de marcapasso por fibrilação atrial (FA) de baixa resposta ventricular, prolapso de valva mitral. Exame físico: ritmo cardíaco irregular, frequência cardíaca 120bpm, pressão arterial 90x70mmHg, sopro sistólico em foco mitral 4/6+, irradiando para dorso e axila, boa perfusão tecidual, dispneia de repouso, congestão pulmonar e hepática e edema de membros inferiores 2/4+. Dependente de ventilação não invasiva e diuréticoterapia, com baixa tolarabilidade a vasodilatadores e beta bloqueador. Eletrocardiograma com FA, sem outras alterações. Importante IM com degeneração mixomatosa valvar, rotura de cordoalha do folheto posterior (P2), flail gap 6.09mm, largura do flail 10.1mm, área valvar 5cm², vena contracta 0.8cm, ausência de dilatação de ventrículo esquerdo com fração de ejeção preservada em ecocardiograma (ECO) transtorácico, confirmado por transesofágico com visualização de pequena calcificação na borda no folheto anterior. Houve indicação de troca ou reparo valvar mitral, o risco cirúrgico foi considerado alto - STS score 16.48%. Discutido em Heart Team e optado pela realização de uma valvoplastia percutânea por via transeptal com implante de clips”. Paciente foi submetida ao procedimento com implante de 3 clips, ECO de controle com IM moderada, gradiente médio 5mmHg. Pós operatório imediato ocorreu sem complicações, houve melhora clínica e tolerância às medicações modificadoras de doença. Paciente recebeu alta hospitalar.

CONCLUSÃO: A boa evolução de IM aguda secundária a ruptura de cordoalha tendínea tratada por via percutânea demonstra a importância do diagnóstico, da terapêutica individualizada e discutida em Heart Team, sendo primordial para a recuperação adequada da qualidade de vida do paciente.

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