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Melhora da fragilidade em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio: uma análise do FRAGILE clinical trial

Omar Asdrúbal Vilca Mejía, Bianca Meneghini, Ligia Cristiane Fonseca Hoflinger, Fabiane Leticia de Freitas, Bruno Mahler Mioto, Luiz Augusto Ferreira Lisboa, Luís Alberto Oliveira Dallan, Fábio Biscegli Jatene
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: A doença cardiovascular (DCV) tem sido associada a um risco aumentado de fragilidade, mas a direção da associação permanece incerta. A identificação da fragilidade em pacientes com DCV deve ser considerada relevante para fornecer estratégias individualizadas de prevenção e cuidado cardiovascular. Ensaios clínicos randomizados demonstraram o impacto da cirurgia cardíaca nas populações de baixo, médio e alto risco cirúrgico, porém não se sabe o impacto deste procedimento em pacientes frágeis.

 

OBJETIVO: Avaliar o impacto da cirurgia de revascularização do miocárdio na fragilidade dos pacientes. 

 

MÉTODO: Esta é uma subanálise do projetoFRAGILE, estudo nacional, multicêntrico, randomizado e controlado. Foram analisados 62 pacientes com idade ≥ 60 anos. Os pacientes foram divididos em dois grupos; sendo que 30 pacientes foram alocados no grupo CRM sem CEC (circulação extracorpórea) e 32 no grupo CRM com CEC. Usamos os Critérios de Fragilidade de Fried para classificar os pacientes em não frágil, pré-frágil e frágil. Os parâmetros avaliados foram perda de peso não intencional, fadiga autorreferida, nível de atividade física, força de preensão palmar e velocidade de marcha. Realizamos os escores de fragilidade antes e seis meses após a cirurgia. Todas as análises estatísticas foram realizadas no software R.

RESULTADOS: Observamos melhora na fragilidade dos pacientes submetidos a CRM tanto no grupo com CEC quanto no grupo sem CEC, sem diferença entre os grupos (Figura 1A). No geral, o número de pacientes pré-frágeis dobrou 6 meses após a cirurgia (de 11 para 22 pacientes) e, o de pacientes frágeis diminuiu de 19 para 1 paciente (Figura 1B). Nove pacientes incluídos no estudo não apresentaram mais nenhum grau de fragilidade após 6 meses da cirurgia. Quanto aos critérios de fragilidade, com exceção da variável de Perda de peso não intencional, todos os testes apresentaram diferença na comparação pré e pós cirúrgica.

 

CONCLUSÃO: A CRM se mostrou eficaz em reduzir a fragilidade dos pacientes, sugerindo que a doença arterial coronariana precedeu à síndrome de fragilidade.

 

Impacto da cirurgia na fragilidade

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