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Abordagem Terapêutica de Trombose Valvar: Uma Série de Casos

Natanael Mendes de Araújo, Ana Paula Otaviano, André Schmidt
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - - BRASIL

Introdução: A Trombose de Prótese Valvar (TPV) é uma importante e grave complicação da substituição valvar por prótese metálica. Atualmente são escassas as recomendações de terapia padrão para essa condição. Recentemente novas evidências têm defendido a realização de trombólise preferencialmente em detrimento da reabordagem cirúrgica. Métodos: Série de casos consecutivos de pacientes com trombose de prótese valvar metálica admitidos em serviço terciário de cardiologia. Todos os casos foram discutidos no Heart Team local e a abordagem cirúrgica foi declinada por motivos variados. Todos foram submetidos a heparinização plena com Heparina Não-Fracionada (HNF) por 5 dias e após, por meio da Doppler ecocardiografia, determinava-se modificação em relação à condição inicial. Naqueles pacientes que mantinham limitação de movimentação dos elementos protéticos ou gradiente transvalvar elevado mesmo após uso de HNF, foi optado por trombólise com Alteplase sob o protocolo de infusão ultra-lenta (infusão de 25mg de alteplase durante 25 horas, seguida da infusão de heparina até alvo terapêutico). Avaliava-se novamente a presença de trombose significativa por meio de ecocardiografia, com análise de fluxo, gradientes e mobilidade dos elementos valvares.   Análise descritiva foi utilizada. Resultados: Seis pacientes, sendo 4 do sexo feminino, com 53 ±9 anos, com diagnóstico de TPV, admitidos entre 2019 e 2021, três de valva mitral (50%), dois em aórtica (33%) e um (17%) de valva tricúspide. Todos em uso de varfarina e razão normalizada internacional (RNI) infra terapêutica (1,12 a 1,88). Em dois pacientes portadores de prótese em posição mitral a heparinização foi suficiente para prover redução do gradiente médio em 51% com recuperação da mobilidade dos folhetos e não houve progressão para trombólise. Nos demais, por conta do insucesso da heparinização, procedeu-se à trombólise com redução média do gradiente em 69% e recuperação da mobilidade. Apenas no caso de prótese em posição tricúspide foi realizada um segundo ciclo de trombólise por sucesso apenas parcial da primeira infusão. Não ocorreram complicações hemorrágicas, embólicas ou óbito periprocedimento. Conclusão: A utilização de trombólise ultralenta demonstrou baixo risco para complicações e houve elevada resolução da trombose, sugerindo ser método factível e seguro. Maiores estudos são necessários.

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