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Amiloidose por Transtirretina: experiência de centro de referência

Edileide de Barros Correia, Larissa Ventura Ribeiro Bruscky, Ana Cristina de Souza Murta, Ibraim Masciarelli Francisco Pinto, Giovanna Marin Lesse, Priscila Cesari Quagliato, Liria Maria Lima da Silva, Yona Afonso Francisco, Paola Emauela Poggio Smanio, Fabiano Castro Albrecht
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução:  a criação de centros de referência em doenças específicas torna possível o ganho de expertise e fornecer aos pacientes e seus familiares  a possibilidade  de tratamento de alta qualidade. Descrevemos neste estudo a experiência de um centro de referência em amiloidose que iniciou suas atividades em 2018.  Objetivo: descrever características clínicas e sobrevida de pacientes de centro de referência em amiloidose cardíaca no período de 2018 a 2022 Resultados: 317 pacientes foram avaliados por procura espontânea e encaminhamentos de outros serviços. Foi feito diagnóstico de amiloidose em 112p.  Destes, 61 p tinham amiloidose hereditária (ATTRH), 31 p de  amiloidose tipo wild-type (ATTR-wt);  19 p de amiloidose de cadeias leves e 1 p tinha amiloidose AA.   40 p apresentavam variante patogênica sem manifestação clínica de doença. Nos 101 p portadores de variantes patogênicas no gene da TTR, a mais prevalente foi a Val142Ile, em 70 p (69,3%), seguida da Val 50Met 19p (18,8%), Ala39/Asp em 5 pacientes (4,9%), da Glu109Lys  em 4 pacientes  (3,9%) e da Ala117Ser em 3 pacientes de Taiwan (2,9%). Um (1) p tinha associação de dupla mutação, da Val142Ile e Val50Met. Ocorreram 23 óbitos entre os pacientes com amiloidose clínica por transtirretina , o que perfaz uma mortalidade de 23%. Destes óbitos 16 (23%)  eram da mutação Val142, 1 (3,9%) era da mutação Glu109Lys, 1 (4,9%) óbito não cardiovascular era da mutação Ala39/Asp  e 5  (16%) eram ATTR-wt. Entre os 163 p com diagnóstico de amiloidose e portadores de variante patogênica, 100 (61,3%). 26 p foram incluídos no registro global THAOS,  11 p foram incluídos no estudo Apollo B que avalia o papel do patsiran na melhora clinica avaliada pelo teste de caminhada de 6 minutos e  9 p foram incluidos no estudo Cardio-TTRansform que avaliará o papel do eplontersen na mortalidade e eventos clinicos recorrentes.  

Comentários e conclusão: Apesar de ainda considerada uma doença rara, o número de pacientes avaliados em 4 anos, ratifica a ideia de que na verdade é uma doença subdiagnosticada. No registro global THAOS, há dados que possibilitam a conclusão de que no Brasil a mutação mais prevalente é a Val50Met. Isto ocorre porque um único centro (CEPARM) anteriormente incluía os seus pacientes que apresentavam fenótipo neurológico predominante. No nosso centro de amiloidose cardíaca, a mutação mais prevalente foi a Val142Ile. A mortalidade observada foi elevada, comprovando que a amiloidose cardíaca é uma doença com mau prognóstico.

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