Introdução: A Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) corresponde a uma síndrome clínica caracterizada por fração de ejeção maior que 50%. Apesar disso, os portadores dessa afecção apresentam diversos sinais e sintomas limitantes, com destaque para a dispneia e a fadiga, contribuindo para um comprometimento da funcionalidade com impacto negativo na qualidade de vida. Adicionalmente, essa condição pode ser agravada com a carga de comorbidade apresentada pelo indivíduo portador dessa doença. Objetivo: Avaliar a influência da carga de comorbidade na qualidade de vida de indivíduos com ICFEP. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com 67 pacientes de ambos os gêneros, com idade entre 18 e 75 anos, assistidos em um ambulatório de medicina cardiovascular personalizada de um hospital público. Os indivíduos foram divididos em: grupo com 2 comorbidades simultâneas (G2), grupo com 3 comorbidades simultâneas (G3) e grupo com 4 ou mais comorbidades simultâneas (G4+). A qualidade de vida foi estimada por meio da pontuação no questionário de Minnesota. A normalidade dos dados foi avaliada por meio do teste Shapiro Wilk e os dados não paramétricos por meio do teste Kruskal. CAAE: 39592920.3.0000.5462 Resultados: A pontuação no questionário de qualidade de vida variou conforme a carga de comorbidade (G1 = 23,3 ± 21,0; G2 = 24,2 ± 20,0; G3 = 44,1 ± 28,2) com diferença estatística entre os GCM2 e o GCM4. Conclusão: O presente estudo sugere que a carga de comorbidade influencia negativamente na qualidade de vida, visto que os indivíduos com um número maior de comorbidades simultâneas apresentaram maior comprometimento da qualidade de vida.