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Impacto da hipercalemia na sobrevida de pacientes com insuficiência cardíaca e insuficiência renal admitidos no serviço de emergência

Rodrigo Noronha Campos, Bruna Gonçalves Gustinelli, Andrés Eduardo Lorrovere Vasquez, Gabriel Mostaro Fonseca, Aline Sabrina Holanda Teixeira Moraes, Juliana Correa de Oliveira, Patrick Duarte Teixeira
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - - SP - BRASIL

Fundamentos: O tratamento medicamentoso otimizado em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) acarretou redução importante na mortalidade por todas as causas e na hospitalização por IC, porém aumentou a hospitalização por hipercalemia. Embora seja esperado um aumento na concentração plasmática de potássio com o tratamento atual da IC, devido ao uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina II (IECA), bloqueadores do receptor de angiotensina (BRAs), receptor de angiotensina – inibidor da neprilisina (ARNi) e espironolactona, o impacto da hipercalemia na mortalidade intra-hospitalar não é bem conhecida. Até o presente momento não existem estudos robustos para avaliação do impacto da hipercalemia no desfecho de morte e tempo de hospitalização de pacientes admitidos em serviço de emergência no Brasil.

Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto do nível plasmático de potássio na sobrevida de pacientes admitidos no serviço de pronto atendimento do Hospital BP.

Material e métodos: Foi realizado estudo retrospectivo através da coleta de base de dados eletrônica de pacientes que procuraram o pronto atendimento (PA) do hospital BP no período de 17 de julho de 2017 a 31 de março de 2019.

Resultados: A amostra é composta por 5833 pacientes, com tempo de permanência média de 11,0 (DP±14,0) dias e idade média de 59,1 (DP±23,8) anos. Os pacientes possuíam em média 4,1 (DP±0,6) mmol/L de potássio. Os pacientes avaliados foram divididos em categorias pela concentração de potássio: < 5, entre 5 e 6 e > 6mmol/L), 5492 (94,2%) apresentavam potássio menor que 5 mmol/L, 314 (5,4%) de 5 a 6mmol/L e 27 (0,5%) apresentavam valores superiores a 6mmol/L. Apresentavam IC 2,9% dos pacientes, 0,3% DRA e 1,3% DRC. Observamos que para quem possui potássio entre 5 a 6 mmol/L a chance de óbito foi 2,2 vezes maior quando comparado a valores menores que 5 mmol/L, enquanto que valores superiores a 6mmol/L apresentam 7,8 vezes mais chance. Quando ajustado apenas para potássio mensurado numericamente, a regressão com variável numérica revela que a cada 1mmol/L a mais do valor anterior, o risco de óbito aumenta em 1,5 vezes.

Conclusão: A hipercalemia na admissão hospitalar diminui a sobrevida de pacientes admitidos no serviço de pronto atendimento, sendo que, para cada acréscimo de 1mmol/L de potássio o risco de óbito aumenta em 1,5 vezes.

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