A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um problema de saúde pública e importante fator de risco para doenças cardiovasculares. Religiosidade/Espiritualidade (R/E) são práticas que podem interferir tanto na adesão quanto nas metas terapêuticas de certas doenças. Objetivo: Avaliar o grau de influência da R/E no tratamento medicamentoso da HAS. Método: Estudo realizado no ambulatório de cardiologia de um Hospital de Alta Complexidade (HAC), no período de setembro a dezembro de 2020. Foram avaliados 120 pacientes segundo escalas acreditadas para avaliação da R/E e adesão ao tratamento. Os pacientes foram separados em dois grupos: grupo com R/E e grupo sem R/E. O valor de p foi considerado significativo sendo o p < 0,05. Resultados: Houve predomínio do sexo feminino (60,7%) no grupo com R/E e do sexo masculino (54,8%) no grupo sem R/E (p: 0,133). Quanto a escolaridade teve o predomínio de baixa escolaridade em ambos os grupos com diferença estatística de p: 0,00001. Já as demais características sociodemográficas não houve diferença estatística entre os grupos. Em relação à adesão terapêutica, obteve-se a prevalência de alta adesão tanto no grupo com R/E quanto no grupo sem R/E (80,9% x 80,6%, p: 0,989). O estudo não demonstrou relevância significativa entre a R/E e a adesão ao tratamento, porém apontou relevância quanto ao não alcance das metas terapêuticas, sendo que o grupo sem R/E apresentou 64,5% contra somente 47,2% do grupo com R/E não atingiram a meta terapêutica. Conclusão: Pacientes com ou sem R/E tem semelhante adesão ao tratamento, porém o grupo sem R/E apresentou menor alcance das metas terapêuticas de tratamento. PALAVRAS-CHAVE: adesão, hipertensão, religiosidade/espiritualidade.