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RELAÇÃO ENTRE A MODULAÇÃO AUTONÔMICA COM O TEMPO GASTO EM COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO E ATIVIDADE FÍSICA EM INDIVÍDUOS PÓS-ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: UM ESTUDO OBSERVACIONAL LONGITUDINAL

Lara Julia Montezori Costa , Heloisa Balotari Valente, Anna Júlia Leal Rodrigues, Felipe Ribeiro, Luiz Carlos Marques Vanderlei
FCT-UNESP - Presidente Prudente - SP - Brasil

Introdução: Pacientes pós acidente vascular encefálico (AVE) apresentam redução no tempo gasto em atividade física (AF) e aumento no comportamento sedentário (CS), o que está relacionado a redução da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em indivíduos saudáveis. Tendo em vista que baixa VFC reflete mau funcionamento do Sistema Nervoso Autônomo e é preditora de morbidade e mortalidade cardiovascular, investigar se o tempo gasto em AF e CS está relacionado a modulação autonômica avaliada pela VFC em indivíduos pós-AVE é importante. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi investigar a relação entre a modulação autonômica com o tempo gasto em CS e AF em indivíduos pós-AVE. Métodos: Foram avaliados 15 voluntários com diagnóstico médico de AVE (57,73±12,58 anos; 11 homens). A avaliação do tempo gasto em CS e AF foi realizada pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e pelo uso do acelerômetro (3 dias). Ainda, foi utilizado o Questionário de Comportamento Sedentário para Idosos (LASA-SBQ) para avaliar o CS. Para a avaliação da modulação autonômica cardíaca, a frequência cardíaca foi registrada batimento a batimento por um cardiofrequêncímetro Polar RS800CX com o voluntário em decúbito dorsal por 30 minutos. Da série de intervalos RR obtida foram extraídos 1000 intervalos RR consecutivos para o cálculo de índices lineares de VFC nos domínios do tempo (rMSSD e SDNN) e da frequência (LF, HF em milissegundos quadrados e unidades normalizadas e a relação LF/HF) e não lineares (SD1, SD2, SD1/SD2). Análise estatística: A relação entre a modulação autonômica com o tempo gasto em CS e AF foi avaliada por meio da correlação de Pearson ou Spearman, dependendo da normalidade dos dados (Shapiro-Wilk), com nível de significância de <0,05.  Resultados: A média de tempo gasto em AF identificado pelo IPAQ foi de 107,00± 115,85 minutos, e pelo acelerômetro, 749,27±585,55 minutos em atividade leve, 28,00±65,22 minutos em atividade moderada, 1,13±4,39 minutos em atividade vigorosa e 778,40±599,15 minutos considerando o tempo total gasto em AF. A média de tempo gasto em CS identificado pelo IPAQ foi de 789,33±419,51 minutos, pelo LASA de 1223,67±310,57 minutos, e de 3213,33±1820,60 minutos pelo acelerômetro. Foi observada correlação positiva forte entre o tempo gasto em AF leve e SD1/SD2 (r=0,516; p=<0,05). Não foi observada correlação significativa entre CS com a modulação autonômica (p<0,05). Conclusão: Os resultados sugerem queo aumento no tempo gasto em AF leve está relacionado a maiores valores da relação entre a modulação parassimpática e a VFC global.

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