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Angioplastia coronária ou tratamento médico em pacientes com estenose aórtica e doença arterial coronária submetidos a implante transcáteter de bioprótese aórtica: dados do registro TriNetX

Rafael Amorim B. Nunes, Leandro M. A. da Costa, Marcelo J. C. Cantarelli, Hélio J. Castello Junior, Gustavo B. F. Oliveira, Álvaro Avezum Júnior
HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ - SÃO PAULO - SP - BRASIL

Introdução

 

Pacientes submetidos ao implante transcateter de bioprótese aórtica (TAVI) possuem elevada prevalência de doença arterial coronária (DAC) associada . Como muitos deles são de elevado risco cirúrgico, o tratamento da DAC  geralmente é realizado com  tratamento clínico otimizado ou associado à angioplastia transcateter coronária percutânea (ATCP).  Entretanto, a melhor abordagem neste cenário não está bem estabelecida.

Objetivo

O nosso objetivo foi  avaliar desfechos cardiovasculares em pacientes com estenose aórtica e CAD crônica e submetidos a TAVI tratados apenas com tratamento clínico otimizado ou ATCP antes ou durante a TAVI, utilizando dados de uma grande rede multinacional de registros médicos eletrônicos (TriNetX).

Métodos

 Paciente com ≥ 18 anos com estenose aórtica grave e DAC que foram submetidos a TAVI nos últimos 10 anos antes da análise foram considerados elegíveis . Pacientes que foram submetidos à ATCP antes ou durante a TAVI foram nomeados grupo ATCP-TAVI e os pacientes sem intervenção coronária foi nomeado grupo TAVI clínico. O desfecho primário foi eventos cardiovasculares adversos maiores  (MACE), incluindo o composto de morte, angina instável ou infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico isquêmico.

 

Análise Estatística

 

Utilizamos o pareamento de escore de propensão para equilibrar as coortes. Foram calculadas as incidências cumulativas de 5 anos para MACE, curvas de Kaplan Meier e a razão de risco (hazard ratio). 

 

Resultados

 

Foram identificados 13.171 pacientes submetidos à TAVI sem ATCP e 1.884 pacientes submetidos à TAVI e ATCP.   Com o pareamento do escore de propensão, foram comparados 1.884 pacientes em cada grupo. A incidência de 5 anos de MACE foi de 23,1% no grupo TAVI clínico contra 24,7% no grupo ATCP-TAVI. A probabilidade de sobrevivência sem MACE não foi significativamente diferente entre o grupo TAVI clínico vs grupo ATCP-TAVI (47,4% vs 50,3%, teste log-rank p=0,718) (figura 1). A razão de risco  entre os 2 grupos também não foi significativa (razão de risco 1,027 , CI 95% 0,89-1,18).

 

Conclusões

 

Em uma coorte de pacientes com estenose aórtica grave e DAC, a probabilidade de 5 anos de eventos cardiovasculares importantes não foi diferente entre pacientes submetidos à TAVI e tratamento clínico versus pacientes submetidos à angioplastia coronária antes ou durante a TAVI. 








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