A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um problema de saúde pública e importante fator de risco para doenças cardiovasculares. A religiosidade/espiritualidade (R/E) são práticas que podem interferir tanto na adesão quanto nas metas terapêuticas de certas doenças. Objetivo: Avaliar o grau de influência da R/E no tratamento medicamentoso da HAS. Método: Estudo realizado no ambulatório de cardiologia de um hospital de alta complexidade (HAC) e uma unidade básica de saúde (UBS) nos períodos de setembro a dezembro de 2020 e agosto a dezembro de 2021, respectivamente. Foram avaliados 240 pacientes segundo escalas acreditadas para avaliação da R/E e adesão ao tratamento. Os pacientes foram separados em dois grupos: grupo com R/E e grupo sem R/E. O valor de p foi considerado significativo sendo o p < 0,05. Resultados: No grupo geralhouve predomínio do sexo feminino (68,4%) no grupo com R/E e do sexo masculino (54,1%) no grupo sem R/E (p: 0,006). A cor de pele branca prevaleceu em ambos os grupos com diferença estatística (79,3% x 67%, p: 0,069). Já as demais características sociodemográficas não tiveram diferença estatística entre os grupos. Em relação à adesão terapêutica, obteve-se a prevalência de alta adesão tanto no grupo com quanto no grupo sem R/E (82% x 69%, p: 0,026). O grupo com R/E do HAC obteve maior alcance das metas terapêuticas (52,8% x 35,5%, p: 0,033). Já na UBS houve alto grau de adesão em ambos os grupos com diferença estatística (83,3% x 63%, p: 0,011). Conclusão: Os pacientes hipertensos com R/E tiveram uma maior adesão ao tratamento. PALAVRAS-CHAVE: adesão, hipertensão, religiosidade/espiritualidade.