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Câncer de próstata e complicações cardiovasculares: a prevenção é o melhor tratamento

Rodrigo Guimarães Vieira de Carvalho, BARBARA ISADORA VALLE MUSSI CRUZ, PATRICIA TAVARES FELIPE MARCATTI
ITPAC-FACULDADE DE MEDICINA - Santa Inês - MA - Brasil, HOSPITAL MATERDEI - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL

Introdução: O câncer de próstata é o tipo mais prevalente  em homens ,podendo atingir até 60% em pacientes acima de 60 anos. O sistema de estadiamento histológico é o Gleason e lesões bem diferenciadas (Gleason até 6) tendem a ser indolentes. Já as neoplasias indiferenciadas podem ser agressivas e com diferentes respostas ao tratamento. Com isso, a modalidade terapêutica deve ser definida com cautela,considerando-se elevada taxa de comorbidades nessa população. Descrição do caso: GJOM, 73 anos, masculino,portador de valvopatia reumática, submetido a troca valvar aórtica mecânica por insuficiência aórtica e plastia mitral, aos 18 anos. Realizou troca valvar mitral mecânica em 2017. Também possui Insuficiência cardíaca e FA(fibrilação atrial) de etiologia valvar. Após rastreio de rotina, foi observado PSA alterado (3,35 em 23/05/2017) o que levou a realização de biópsia prostática. O resultado foi adenocarcinoma de próstata de risco intermediário (Gleason 3+4), sem evidências de lesões secundárias. Indicada cirurgia de prostatectomia radical com linfadenectomia retroperitoneal e pélvica por via laparoscópica. A cirurgia prostática normalmente é associada com sangramento aumentado e a suspensão de anticoagulação poderia incorrer em trombose de prótese (Incidência anual de 22%). Entretanto, após discussão multidisciplinar, considerando as comorbidades cardiovasculares existentes e a necessidade de anticoagulação efetiva, foi optado por mudança no tratamento junto à Oncologia, com indicação de radioterapia associado a terapia hormonal (Degarelix(antagonista de GnRH)), que apresentaria desfechos semelhantes com relação a mortalidade e sobrevida livre de doença,assim como menos efeitos adversos cardiovasculares. Finalizado o tratamento em setembro 2018, após 6 ciclos de hormonioterapia e 76 Gy em 38 frações de radioterapia. Segue em controle oncológico, com último PSA de 0,04 (06/10/20). Conclusões: Cardio-oncologia é uma subespecialidade que surgiu da necessidade de uma colaboração multidisciplinar para abordar a crescente relação entre doenças cardiovasculares(DCV) em pacientes com câncer. O objetivo principal é manejar as DCV para permitir que os pacientes oncológicos completem o melhor tratamento antineoplásico com segurança e mínimas interrupções. Neste caso, a interação e discussão entre equipes foi fundamental para o sucesso do tratamento, com menor morbidade e melhores desfechos. 

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