SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Síndrome do Quebra-Nozes em jovem como causa de hipertensão arterial - Relato de Caso

Jonatas da Silva Accorsini, Renan Viacelli Toreto, André Schmidt
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - - BRASIL

Introdução: a investigação de hipertensão arterial secundária é mandatória em pacientes jovens com valores pressóricos elevados.  Trata-se de uma jovem com hipertensão secundária à Síndrome do Quebra-Nozes.Relato de Caso: L.G.A., 22 anos, feminina, peso: 64kg, altura: 165 cm,  aferiu pressão arterial de rotina com valor de 180x120mmHg, bilateralmente em membros superiores, confirmada em consultório. Assintomática, não fazia uso de medicações ou de estimulantes, praticante regular de atividade física e com alimentação equilibrada. Exame físico com pulsos simétricos, ausculta cardiovascular normal. Procedido investigação de hipertensão arterial secundária com exames: Metanefrinas urinárias 24h: 134ug ( normal); Creatinina:1,25 ; potássio: 4,37 ; Sódio:138; Cortisol: 22 ( normal), Aldosterona 15,8 ( normal), Renina repouso : 41 (vr: até 38), Urina I e ecocardiograma normais. Ultrassom de artérias renais gerou dúvidas sobre possível estenose e assim, foi realizado angiotomografia de abdome. Este exame mostrou redução significativa do ângulo da aorta com a emergência da artéria mesentérica superior, estimada em 28°, determinando estenose significativa da veia renal esquerda no seguimento de passagem dos vasos, mas sem aparente vascularização colateral de permeio. Assim, foi confirmado Síndrome do Quebra-Nozes cursando com hipertensão arterial. A opção de tratamento foi conservadora devido a ausência de sintomas, renina discretamente elevada e função renal normal. Paciente foi tratada com bloqueador de receptor da angiotensina II e no retorno as 3 aferições tiveram média de 125x83mmHg.Discussão: a Síndrome do Quebra-Nozes apresenta-se na maioria dos casos com hematúria e dor lombar ou pélvica. Entretanto, é descrito na literatura a possibilidade de cursar com hipertensão arterial, excluídos todas as outras causas secundárias.Conclusão: a correta investigação de hipertensão secundária apresentou um diagnóstico pouco comum e possível de tratamento, evitando potenciais complicações futuras de hipertensão arterial não controlada.

Imagem à esquerda com estenose veia renal esquerda; à direita, ponto de cruzamento entre vasos ( veia e artéria renal, artéria mesentérica superior).

 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

42º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

16 à 18 de junho de 2022