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Impacto da massa magra na polineuropatia diabética distal: resultados do Brazilian Diabetes Study

Eliel Mateus Domiciano, vaneza Lira Waldow Wolf, Beatriz Luchiari, Joaquim Barreto, Ikaro Breder, Fernanda Ferreira Grosso, Maria Luisa Dias, Gil Guerra-Junior, Andrei C Sposito
Universidade Estadual de Campinas - Campinas - São Paulo - Brasil

Introdução:  A inflamação, o estresse oxidativo e a disfunção mitocondrial são os três principais fatores envolvidos na fisiopatologia da polineuropatia diabética (PND). Ademais, estudos apontam que a redução da massa muscular pode ser consideradas uma das complicações crônicas relacionadas ao diabetes mellitus tipo 2 (DM2), contudo, existem poucos estudos mostrando a associação entre sarcopenia e complicações microvasculares diabéticas.

 

Métodos: Foram incluídos indivíduos selecionados a partir do Brazilian Diabetes Study, coorte multicêntrica prospectiva de avaliação de risco cardiovascular em voluntários com DM2. Os pacientes foram submetidos a exames laboratoriais e medidas antropométricas via densitometria por dupla emissão de raios-X (DXA). A presença ou ausência de PND foi avaliada pelo Protocolo Michigan. As análises estatísticas foram realizadas no SPSS 21, utilizando os testes de Mann-Whitney U, Pearson χ2 e regressão logística binária. Considerou-se analise de significância p-valor menor que 0,05. 

 

Resultados: Um total de 764 pacientes foram incluídos de acordo com a presença ou ausência de polineuropatia, destes, 59,6% (611) eram do sexo masculino, com média de idade de 57,5 ± 7,76. Ainda, 42,2% dos pacientes com tempo de DM2 superior a 10 anos, média 9,7 ± 7,2. Cerca de 25,5% (195) pacientes apresentaram presença de PND. Em comparação de grupos, foi identificado valores inferiores e significativamente estatísticos para massa magra no grupo com presença de PND (mediana, 52,2 [95% IC: 50,7-53,7];49,4 [95% IC: 48,7 – 50,4] p= 0.003, respectivamente).  Valores de massa magra inferior ao percentil 50, mostraram-se significativamente associados à ausência de PND (OR:0,653; 95% IC: 0,460 – 0,927, p=0,017), mesmo após ajustes de idade e sexo (OR: 0,574; 95% IC: 0,400 – 0,823, p<0,003)

 

Conclusão: Os indivíduos com valores superiores demassa magra, mostraram-se significativamente associado à ausência de PND, mesmo ajustes pela duração do DM2.

 

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