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ESTUDO PILOTO DE VIABILIDADE DE PULSEIRA DE COMPRESSÃO COM ASSOCIAÇÃO DE BAIXA TEMPERATURA APÓS A REALIZAÇÃO DE CATETERISMO CARDÍACO E INTERVENÇÃO CORONARIANA PERCUTÂNEA PELA VIA DE ACESSO TRANSRADIAL

Guy F. A. Prado, Henrique B. Ribeiro, Fábio Conejo, Alexandre A. Aquino, Sandro Faig, Valter Furlan, Marco Costa , Expedito E Ribeiro
HOSPITAL SAMARITANO PAULISTA - SÃO PAULO - SP - BRASIL

Introdução: A via transradial (TR) utilizada em procedimentos percutâneos coronários rapidamente tornou-se o acesso vascular preferencial ao redor do mundo. A crioterapia é um procedimento amplamente utilizado em medicina com objetivo principal de promover analgesia e vasoconstrição. Objetivamos aqui avaliar a segurança do resfriamento do sítio de punção através da utilização de um protótipo de uma pulseira de compressão que denominamos Cryoband (CB). 

Métodos: O protótipo CB é uma adaptação das pulseiras utilizadas comercialmente, nas quais introduzimos uma placa de gel congelado embaixo do balonete de ar (Figura 1). Este é um estudo piloto, prospectivo e de braço único onde foram incluídos 100 pacientes consecutivos submetidos a procedimentos coronários pela via de acesso TR. Modificamos o protocolo institucional local para promover uma retirada mais rápida da pulseira de compressão. Os pacientes foram reavaliados antes da alta e no seguimento maior de 7 dias. O desfecho primário do estudo foi o tempo total da hemostasia e o sucesso do dispositivo definido como ausência de conversão para curativo compressivo por novo sangramento / hematoma ou uso de outros métodos para hemostasia. Os desfechos secundários incluíram: 1) hematoma (critério EASY) e sangramentos (BARC); 2) patência da artéria radial pelo teste de Barbeau reverso antes da alta; 3) escala de dor definido pelos critérios da organização mundial da saúde (0-10); 4) queimaduras.

Resultados: Entre junho de 2020 e junho de 2021 foram incluídos 79 pacientes submetidos a cateterismo cardíaco e 21 pacientes a intervenção coronariana percutânea (ICP). As médias de idade, índice de massa corporal e circunferência de pulso foram de 62,2 anos, 28,7 Kg/m2 e 17,8 cm, respectivamente. Uso de dupla antiagregação plaquetária em 29%. Todos os pacientes apresentaram sucesso do procedimento e não houve queimaduras relacionadas.  As medianas de tempo de hemostasia foram de 90 (90-110) minutos para o exame diagnóstico e 180 (160-225) minutos para ICP. Apenas dois pacientes apresentaram teste de Barbeau reverso tipo D, assintomáticos e sem sinais clínicos de isquemia. Escala de dor de 1-3 em 10% e ausência de dor em 90%. Houve apenas 2 casos de hematoma moderado a importante (EASY tipo II e III) e 2 casos de sangramento BARC tipo II.  Na mediana de 9 dias (6-15) de seguimento não houve eventos adversos.  

Conclusões: O resfriamento do sítio de punção com a nova pulseira CB demonstrou ser um procedimento seguro que tem um potencial de redução do tempo de compressão e melhorar o conforto dos pacientes. 

 

 

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