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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA MORTALIDADE POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO NOS ANOS DE 2020, 2021 E INÍCIO DE 2022

Maria Fernanda de Palma Martinez Brigagão Ferreira, Bruno Bueno Marques dos Santos , Davi Afonso de Lemos Almeida, Rafaela Penalva , Carlos Gun
Universidade Santo Amaro - São Paulo - SP - Brasil

 Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica, com diversos fatores de risco,  caracterizada pela incapacidade do coração de atuar adequadamente como bomba, seja por déficit de contração e/ou relaxamento. Estudos estimam que 23 milhões de pessoas no mundo possuem IC e que 2 milhões de casos novos são diagnosticados anualmente. No Brasil, segundo o DATASUS, há cerca de 2 milhões de pacientes com IC, sendo diagnosticados 240 mil casos por ano. A importância deste estudo não se concentra apenas em uma pesquisa voltada para a epidemiologia de IC no município de SP, mas também em focar nos critérios sociais para um maior embasamento no manejo clínico e uma maior atenção às individualidades da população por meio de uma estratificação de risco com maior especificidade. Métodos: O estudo trata-se de uma análise epidemiológica, descritiva, transversal e retrospectiva. Os dados expostos foram coletados do banco informativo de saúde do DATASUS (TABNET) do ano de 2020 a 2022, referente ao número de óbitos por ano, sexo, faixa etária, escolaridade e cor ocorridos no Município de SP por IC. Resultados: No período de 2020 a 2022 ocorreram um total de 3.649 óbitos por IC em São Paulo, sendo que 1.847 (50,6%) em 2020, 1.799 (49,3%) em 2021 e 3 (0,1%) em 2022. Neste mesmo período 1.556 (42,64%) eram do sexo masculino e 2.093 (57,3%) feminino, entre eles, 2.420 (66,3%) eram da cor branca, 360 (9,8%) pretas, 87 (2,4%) amarelas, 704 (19,4%) pardas e 78 (2,1%) não foram informadas. A maioria dos falecidos eram maiores de 65 anos 3.065 (84%), seguidos dos falecidos de 64 a 55 anos, 366 (10%), de 54 a 45 anos, 134 (3,68%), de 35 a 44 anos, 51 (1,4%) e de 25-34 anos, 19 (0,5%). Já em relação à escolaridade, as pessoas com 1 a 3 anos de estudo representam a grande maioria do número de casos que acabaram em morte, seguidos pelo número de pessoas que estudaram de 8 a 11 anos e de 4 a 7 anos, nessa ordem. Além disso, observa-se que os paulistanos com 5 a 12 anos de estudo juntamente com os que não tiveram nenhum ano de escolaridade, possuem bem menos incidência de morte por IC, representando aproximadamente 8% e 9% do número total de óbitos, respectivamente. Conclusões: Houve um aumento significativo do número de casos do ano de 2020 a 2022. Nota-se uma prevalência maior nas mulheres, assim como, em relação à cor houve maior número de mortes nas pessoas de cor branca. Quanto à escolaridade e faixa etária é possível observar que a maior parte dos indivíduos que vieram a óbito está localizada entre aqueles que tiveram 1 a 3 anos de estudo e possuem mais de 65 anos.

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