Introdução: A pandemia do coronavírus resultou em uma instabilidade social e as medidas preventivas recomendas incluíram o isolamento social, proibição de grandes eventos, fechamento de academias, trabalho remoto e diversas outras medidas restritivas. Além das alterações emocionais, o aumento do sedentarismo com o isolamento social, acarretou prejuízos para a saúde física da população e consequentemente provocou possíveis danos ao sistema cardiovascular e desequilíbrio do controle autônomo cardíaco. Objetivo: avaliar os efeitos do tele-exercício resistido sobre a modulação autonômica cardíaca em jovens adultos. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 13 participantes do sexo masculino, com idade média de 21.8 anos. O estudo teve características de um ensaio clínico randomizado. Este projeto foi aprovado pelo comitê de ética com o número 4.473.694. Para a captação da FC foi usado um cardiofrequencímetro (Polar, v800, Finlândia), após a avaliação inicial os voluntários foram alocados em dois grupos distintos, o Grupo Treinamento Resistido (GTR) que realizou o protocolo de exercício resistido tele-monitorado por seis semanas e o Grupo Controle (GC) que participou do mesmo processo de acolhimento de informações, porém, não realizou a intervenção do treinamento. Os exercícios do protocolo de intervenção foram: polichinelos, corrida estacionária, apoio, superman, agachamento livre, stiff e abdominal curto. O software Kubios KRV foi utilizado para análise dos índices da modulação autonômica cardíaca. Para comparação entre os protocolos foi utilizado o teste anova two-way, a=5%. Resultados: O tele-exercício também produziu melhoras significativas nas variáveis SDNN, RMSSD e PNN50, conforme apresentado na tabela 1. Conclusão: Estes resultados indicam que há uma melhora no controle autônomo cardíaco após a prática de exercícios físicos realizados por tele-exercício.
