Introdução: As doenças cardiovasculares, como a insuficiência vascular periférica e o infarto agudo do miocárdio, são a principal causa de óbitos no mundo, sendo geralmente provocadas por um processo aterosclerótico, o qual progride de forma lenta e insidiosa. Esse processo pode ser caracterizado pelo enrijecimento das artérias de grande e médio calibre, em razão do espessamento da camada íntima por deposição de lipídios. Os fatores de risco para o desenvolvimento da aterosclerose se dividem em modificáveis e não modificáveis. O primeiro representa a hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes melito, obesidade e tabagismo. O segundo, por sua vez, inclui histórico familiar, idade, gênero e raça. Métodos: Estudo retrospectivo, transversal, descritivo e epidemiológico. Os dados expostos foram coletados do banco informativo de saúde do DATASUS (TABNET) do ano de 2021, referente ao número de internações e óbitos por aterosclerose ocorridos no município de São Paulo. As variáveis selecionadas foram: cor/raça, sexo e idade. Resultados: No período em questão foram notificados 3.123.251,60 internações e 91 óbitos por aterosclerose entre toda a população do município de São Paulo. Observou-se que o sexo masculino representa 59,6% dos pacientes internados e o sexo feminino 50,5% do número de falecidos em decorrência do quadro clínico. Além disso, a raça mais afetada foi a branca, apresentando 1.632.909,51 (52,2%) casos de internação e 61 (67%) mortos. Quanto às demais, a parda e a preta representam um número significativo, com 30,4% e 11,1% dos internados e 19,7% e 7,6% dos óbitos, respectivamente. Com relação à idade pode-se notar um aumento progressivo do número de internações e óbitos, os indivíduos entre 65 e 69 anos correspondem a faixa etária predominante de internados (20,5%), já os óbitos apresentaram maior incidência na população acima de 85 anos (36,2%). Conclusão: O trabalho pretendia avaliar o número de óbitos e internações por aterosclerose no Município de São Paulo no ano de 2021. Como foi notado através dos dados recolhidos, observou-se que referente as internações, o sexo de maior incidência foi o masculino, a raça predominante foi a branca, seguido da parda e preta, e a faixa etária com mais internações foi entre 65 e 69 anos. Com relação aos óbitos, o sexo mais acometido foi o feminino, de raça branca, seguido da parda e preta e a principal faixa etária foi de acima de 85 anos.