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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Avaliação do estado nutricional, consumo alimentar e da composição corporal de pacientes com Angina Refratária

Caroline Stéfany Oliveira Tavares, Luis Henrique Wolff Gowdak, Ana Luíse Duenhas Berger
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: Na literatura, a angina refratária (AR) é descrita como uma condição clínica manifestada através de sintomas debilitantes de longa duração (> 3 meses) devido à isquemia miocárdica reversível já estabelecida. Objetivos: Descrever o perfil do estado nutricional e o consumo alimentar em pacientes acompanhados no ambulatório de Angina Refratária de um Hospital Terciário Especializado em Cardiologia. Metodologia: Foram recrutados pacientes acompanhados em um ambulatório, com 18 anos ou mais, de ambos os sexos, com diagnóstico de AR. O consumo alimentar foi avaliado quantitativamente e qualitativamente por meio do Recordatório de 24 horas e do Questionário de Frequência Alimentar de Adesão à Dieta do Mediterrâneo, respectivamente. O MedDietScore foi utilizado para calcular o percentual de adesão à Dieta do Mediterrâneo (DM). Para a avaliação da composição corporal foi utilizado aparelho de Bioimpedância (BIA), e foram coletados índices antropométricos, Índice de Massa Corporal (IMC) e circunferência da cintura. Ademais, foram coletados dados sociodemográficos e antecedentes clínicos. Os valores foram expressos em média e desvio padrão para as variáveis com distribuição normal e frequência. Resultados: Foram incluídos 40 pacientes, com prevalência de indivíduos do sexo masculino (70,0%), com média de idade de 62,07 (± 8,9). A média de peso da amostra foi de 80,5 kg (± 17,5), IMC 29,7 kg/m2 (± 5,1), percentual de gordura corporal de 33,0% (± 9,1), circunferência da cintura de 103,5 cm (± 13,4 cm) e índice de gordura visceral de 13,9 (± 5,4). O consumo alimentar demonstrou valores inadequados em relação às recomendações da Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose para proteína (19,6%), gordura saturada (11,6%), gordura monoinsaturada (10,4%), gordura trans (1,8g ± 1,0g) e fibras (14,7g ± 3,8g). A média de adesão à DM foi de 47,3% ± 12,3%, indicando moderada adesão. Conclusão: 

A baixa adesão aos padrões da DM neste grupo de pacientes com diagnóstico presumido de AR precisa ser avaliada tendo em vista a repercussão na sintomatologia e qualidade de vida. Reconhecer a importância do papel do nutricionista e das orientações dietéticas direcionadas e assertivas no curso do tratamento é afirmar que existem barreiras que necessitam serem superadas para favorecer a melhor adesão à dieta e, consequentemente, prevenção da agudização da Doença Arterial Coronariana e sintomas que interferem na qualidade de vida.

 

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