SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

O IMPACTO DO CORONARY HEART TEAM NA DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA CRÔNICA: SEGUIMENTO A LONGO PRAZO

Luhanda Leonora Cardoso Monti Sousa, Luis Roberto Palma Dallan , Bruno Mahler Mioto, Luiz Antonio Machado César, Luís Henrique Wolff Gowdak , Carlos Augusto Homem de Magalhães Campos, Luiz Augusto Ferreira Lisboa, Nilson Tavares Poppi, Amanda Bergamo Mazetto, Luciana Cascaes Dourado
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: Os pacientes com doença arterial coronária (DAC) crônica se tornaram mais complexos e heterogêneos. OCoronaryHeart Team (CHT) objetiva definir a melhor estratégia terapêutica de forma compartilhada, individualizada e baseada em evidências. Possui recomendação classe I, nível de evidência C pelas diretrizes. No entanto o impacto dessa intervenção é pouco conhecido. Objetivo: Avaliar o impacto da decisão do CHT: clínico (TC) intervenção coronária percutânea (ICP) e cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) na redução de desfechos composto primário: Síndrome Coronária Aguda (SCA) e Morte Cardiovascular (CV) e na melhora de sintomas: classe de angina (CCS) e classe funcional de Insuficiência Cardíaca (CF IC) em pacientes com DAC crônica de acordo com o grau de concordância com o CHT. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, unicêntrico, seguimento médio de 41,1±20,7 meses. Incluiu 113 pacientes cujo tratamento final (TF) foi definido pelo CHT de um hospital terciário, entre agosto de 2015 e novembro de 2016. Variáveis quantitativas: média ± DP e categóricas por frequência e percentual. Foi utilizado teste exato de Fisher ou o teste de Qui-quadrado. Teste t de Student para amostras pareadas. A concordância foi analisada estimando-se o coeficiente de Kappa, p<0,05 indicou significância estatística. Programa Stata/SE v.14.1. StataCorpLP, USA. Resultados: A média de idade foi de 62,6 ± 9,8 anos, 62,8% eram do sexo masculino, diabéticos (63%) e com histórico de IAM em 53,1%. A FE média foi de 49,7%. Angina CCS II-IV 57,2%, CF IC II-IV 49,1%. Eram multiarteriais em 65,6% e TCE > 50% associado em 19,47%. Houve fraca concordância entre o Tratamento Proposto (TP) pelo cardiologista assistente (CA) e o CHT Ƙ=0,19 e boa concordância entre o CHT e o TF Ƙ=0,62. A CRM foi o TF predominante e com maior concordância com o CHT 88,1%, seguido da ICP (79,2%) p=0,005. A mortalidade geral foi de 10,2%, morte CV 5,6% e SCA 27,7%. Houve maior incidência de desfecho composto primário quando a ICP foi realizada em discordância com CHT p=0,001, sem diferença para as demais estratégias. Em 72% dos casos, ocorreu melhora de angina (p=0,001). Para CF IC, apenas os casos concordantes com o CHT tiveram melhora 74,4% p=0,008. Conclusão: A tomada de decisão pelo CHT se associou à menor incidência de desfecho composto primário e melhora de sintomas a longo prazo. Quando a ICP e CRM foram realizados em concordância com o CHT, houve maior redução de angina do que o TC.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

42º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

16 à 18 de junho de 2022