Introdução: A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) é uma doença tempo-dependente com alta taxa de mortalidade, que necessita de profissionais habilitados no reconhecimento precoce da sintomatologia. Dessa maneira, classificar adequadamente as pessoas com clínica sugestiva de SCA, possibilita agilidade no atendimento e na realização imediatado eletrocardiograma (ECG), exame imprescindível ao manejo desses indivíduos. O objetivo do trabalho é relatar a experiência da realização de oficinas sobre o protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco com foco no descritor ‘Dor torácica’ com enfermeiras atuantes em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) na cidade de Salvador-Bahia. Métodos: Relato de experiência de estagiárias de enfermagem do Protocolo de Infarto Agudo do Miocárdio (PIAM) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da cidade de Salvador-Bahia. A atividade dispôs de recursos visuais para a explanação de casos clínicos, com intuito de discutir a sintomatologia dos pacientes, a classificação de risco e as condutas adotadas. As oficinas foram preparadas sob supervisão da coordenação do Protocolo-IAM e realizadas nas UPAs pelas estagiárias do PIAM. Resultados: As enfermeiras mostraram-se dispostas a discutir os casos; estimulou-se a troca de experiências e vivências do processo de trabalho, além da retirada de dúvidas acerca da temática através da resolução dos casos. As situações práticas estimularam o raciocínio clínico e promoveram a aplicabilidade do protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco e de realização de ECG implantado no município. Conclusão: O desenvolvimento de atividades sob a ótica da transformação do serviço por meio do ensino in loco constitui-se um pilar para a educação permanente em enfermagem. Considerando-se os indivíduos atuantes das UPA e suas singularidades, esta ação permitiu a melhoria da assistência ao paciente com suspeita de SCA, oportunizando a percepção da configuração do serviço e o contexto em que o profissional está inserido. Debater essa temática reforça a importância do papel da enfermeira no atendimento inicial aos pacientes, melhorando a assistência em saúde.
